quarta-feira, novembro 30, 2005

As "Ordens" arquitectónicas do Classicismo

Os vários "géneros" de colunas da Antiguidade tornam-se "Ordens" com o Renascimento: aqui na visão do arquitecto e teórico Giacomo Barozzi (1507 - 1573), conhecido internacionalmente (aqui em tradução francesa do final do século XVII) por Vignola, o nome do local onde nasceu. O pretendido rigor na fidelidade à Antiguidade foi, de facto, desde o início da arquitectura humanista, uma interpretação adaptadora das formas e princípios originados na Grécia antiga: nesta imagem, o "Dórico" é o romano (o grego não tinha base) e todas as colunas são colocadas sobre pedestais (solução tardia). Grécia e Roma só serão separadas uma da outra por um século XVIII "Neo-Clássico".

A coluna dórica e o seu entablamento. Os números da imagem referem-se à quantidade de módulos utilizados, sendo o "módulo", neste caso, a medida do raio do fuste da coluna, medido na base (as colunas gregas são mais grossas em baixo). Assim, "1M" significa que as alturas do capitel e da arquitrave têm o mesmo tamanho que o raio (metade do diâmetro) da base do fuste e "1M.1/2" significa que a arquitrave e a cornija medem, em altura, um módulo e meio. Como as formas, também as proporções do Renascimento nem sempre respeitaram o que se conhecia da Antiguidade, nomeadamente através daquilo que Vitrúvio, um arquitecto romano do tempo do imperador Augusto, estabelecera no seu manual de arquitectura - que pode ser consultado, aqui, em latim e inglês.

Coluna e entablamento jónicos. O jónico é a base formal e proporcional do Coríntio que, na realidade, apenas substitui o capitel das volutas jónicas pelo das folhas de acanto coríntias.


Técnicas de construção da espiral que forma a voluta jónica. Poderão ter uma ideia de como uma espiral pode ser gerada pelo "Número de Ouro", cuja definição, reduzida ao mínimo, é muito simples.

Os fustes espiralados da bíblica coluna "salomónica", atribuídas pela tradição ao "Templo de Salomão".

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